terça-feira, 23 de setembro de 2014

UMA PEQUENA INTRODUÇÃO COM A FANTÁSTICA E 

PUERIL LENDA DA CRIAÇÃO.



VAMOS DIZER O SEGUINTE:  Este relato  de ocorrências relatadas em um livro auto-considerado SAGRADO e denominado "Bíblia" (corruptela do latim biblos) e que você pode encontrá-lo facilmente.  Qualquer livraria que vive de vendas e sobrevivência e os templos que também vivem de vendas e sobrevivência estarão prontos para tal.
É um livro grosso e mais ou menos pesado. O peso está na ordem direta de uma  crença movida por uma ignorância ou no suporte de um seu sovaco.  Não importa dizer  quem o carregue, geralmente mofado por nos encontrarmos em 2014.  A idade das lendas ali contidas está emperrada não sabem aonde.
Lá é dito de forma um tanto esdrúxula que o mundo foi criado não se sabe quando e aonde por um tal de Iavé ou Jeová ou qualquer nome que se  o dê.  Deve ser um tanto mágico por criar algumas coisas em 6 dias e que, cansado de tanto trabalho, descansou no sétimo.  Nesse pequenino espaço de tempo criou o céu e a terra. Lá se diz que a terra estava sem forma e vazia; as trevas cobriam o abismo e um vento impetuoso soprava sobre as águas.
Então o mágico Iavé ou Jeová ou qualquer nome que se  o dê disse: "Que exista luz!"  E a luz começou a existir.  Então o mágico viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas; à luz ele chamou de dia e às trevas ele chamou de noite.  Houve uma tarde e uma manhã. Foi o primeiro dia; ou seja, em 24 horas o mágico separou o dia da noite.
Mas ele não estava satisfeito: ele tinha ainda muita energia para gastar antes de repousar seu corpo pois ainda havia muitas e muitas coisas para tirar de sua cartola de mágico.
"Que exista um firmamento no meio das águas para separar  as águas que estão acima do firmamento das águas que estão abaixo do firmamento.  E assim se fez pois palavra de mágico não volta atrás. E ele chamou ao firmamento de "céu". Houve uma tarde e uma manhã: foi o segundo dia.
Cá prá nós, a mágica dele era insuperável!  Depois, incansável pois ainda lhe restava 4 dias, ele achou por bem chamar o chão seco de "terra" (os grifos são do
livro sagrado  não nosso)  e ao conjunto das águas de "mar".  E ele viu que assim era bom.  E neste mesmo segundo dia pois ainda não estava fatigado, sacou da cartola uma outra máxima tão óbvia como 2 mais 2 são 4:  "Que a terra produza relva, ervas que produzam sementes, e árvores que deem frutos sobre a terra, frutos que contenham sementes" (o mágico em sua santa inocência ignorava que todo fruto contém sementes e que estas caindo sobre o chão germinarão árvores que germinarão frutos que germinarão sementes, e ad aeternum, como viria proferir num futuro muito próximo um tal de Noé.  Mas vamos perdoar o mágico pela sua magnificência ignorância pueril.
"E cada uma segunda a sua espécie". (Seguramente os agrônomos estão gargalhando até hoje. Vamos continuar com as máximas do mágico.  
" E que essas sementes cada uma com sua espécie, e as árvores que dão frutos cada uma com sua espécie. Foi o TERCEIRO DIA E o mágico viu que era bom. .  Outra vez cá prá nós, o mágico estava mais perdido que cego em tiroteio ou mais ignorante que uma criancinha recém-nascida.
Vamos dar um pulinho e observá-lo em sua criação? Vamos ao quinto dia desse mágico incansável.
E o mágico Iavé, ou Jeová ou qualquer nome que depois de alguns anos lhe deram disse: 
"Que as águas fiquem cheias de seres vivos e os pássaros voem sobre a terra, sob o firmamento do céu."  Então o mágico criou as baleias e os seres que deslizam e vivem sob as águas conforme a espécie de cada um e as aves de asas do céu conforme cada uma. O mágico ao assim sacar de sua cartola disse:
"Sejam fecundos, multipliquem-se e encham as águas do mar; e que as aves multipliquem-se sobre a terra."
Esse foi o QUINTO DIA.
Entretanto o mágico ainda não estava cansado e sacou sua sexta cartola e bramou:  "Que a terra produza seres vivos conforme a espécie de cada um: animais domésticos, répteis e feras, cada um segundo conforme sua espécie".  
E assim se fez e o mágico viu que era bom.  Foi-se, então o SEXTO DIA.
No entanto, ele tinha ainda um pouco de fôlego. Pensou, pensou e concluiu no mesmo SEXTO DIA: 
"Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele domine tudo o que eu criei." 
 E o criou.  Do barro.  E à sua imagem e semelhança.  Nem um pouco a mais, nem um pouco a menos, ou seja: com pelos em todo o corpo e evidentemente com pênis. 

Até então não havia percebido que todos os seus seres criados antes do que ele denominou sua criação máxima possuía uma fêmea para multiplicarem-se.  Aí pensou, pensou, pensou e pensou. 
 "Como fazer?  Se esse cara percebe que todos tem uma fêmea vai se revoltar contra mim e com razão".  
Então o mágico fez adormecer em sono profundo o seu macho criado à sua semelhança com pelos e pênis.  Certificado que ele estava sob total anestesia, arrancou-lhe uma costela, caprichou na escultura, trocou uma protuberância por uma fenda, acrescentou-lhe umas duas outras protuberâncias no busto, e concluiu com merecido orgulho:  " Sou o maior dos mágicos!!!"
Foi o final do seu SEXTO DIA.
Exausto depois de tão áspero trabalho, deitou-se sobre a relva do jardim que ele mesmo havia denominado ÉDEN, fechou as pálpebras e caiu em um sono profundo e reparadouro.  Merecidamente, claro.  Foi seu SÉTIMO DIA.  
Por esse magnânimo exemplo, nenhum obreiro deve trabalhar por 6 dias sem um descanso no sétimo.  
Foi isso que disse alguém uns tempos depois. 

Mas isso é uma outra historieta um tanto infantil como esta da Criação.  Ou se preferirem:  UMA OUTRA LENDA.

3 comentários:

  1. Já entendi qual é a de vocês.
    Vocês querem destruir nossa fé.
    Mas Jesus irá destrur vocês quando ele vier.
    Zuleide de Souza, Caririr- Ceará

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  2. Querida amiga Zuleide, de Cariri, no estado do Ceará, eu creio que você não entendeu , POR ESTA SIMPLES INTRODUÇÃO, o que está disposto este fenomenal Blog.
    Só pela pincelada inicial, ele vem propor uma revisão inteligente, distante dos fanatismos que nos assola.
    Relaxa e goza sobre o que deve vir pela frente. CREIO.
    Marco António, Lapa (São Paulo/SP)

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  3. Sou uma mulher de 52 anos. Sou batista desde os 15 anos. Sempre me questionei ainda quando ia à "Escola Dominical" sobre essa "COISA" do homem ser formado do barro e a mulher de sua costela. E da serpente ser envolvida no contexto, bem como passar a ser rastejante. Eu via nos meus livros as fotos das cobras. E me punha ame questionar: "ESSA POBRE INFELIZ JÁ TEVE PÉS"? O CASTIGO DELA FOI TÃO INFAME A PONTO DE TRANSFORMÁ-LA EM RASTEJANTE... E VENENOSA?"
    Tudo aquilo batia na minha cabeça como um martelo.
    Percebi que tudo não passava de fantasias. Como as historietas de "João e Maria", ou "Chapeuzinho Vermelho" , ou
    "Cinderela".
    AGORA, ESTE MARAVILHOSO BLOG -- SEM RECEIOS ALGUNS -- vem escancarar as estupidezes que fomos -- e muitos ainda o são -- engolir.
    MUITÍSSIMA OBRIGADA!!!! Não nos deixem a sós!!!
    Maria Consuelo - Belém, Pará.

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