sábado, 27 de setembro de 2014

CONTINUAÇÃO DA EXTENSA LENDA DE ABRAÃO.  
SEU INESPERADO ENCONTRO COM O MÁGICO IAVÉ, EM PESSOA,
ACOMPANHADO POR DOIS FIÉIS ANJOS ESCUDEIROS. 

Vamos lá, nossos pacientes leitores. 
Ainda temos pela frente, seguindo este famoso livro que se tornaria umbest-seller , muitas e mais coisas da extraordinária existência de nosso pai Abraão
Como vimos anteriormente e como diz o tal livro, ele sobreviveu 170 anos.  Sara, que antes era Sarai, mesmo sem as tais REGRAS teve um rebento que por escolha do mágico veio a chamar-se  Isaac
Mas antes,  a infeliz escrava Agar, por sugestão do próprio mágico, e aceitação incondicionável da Sarai acabou copulando com Abrão -- como vimos em postagem anterior.

-- Dessa coisa doida oriunda ( e não podia de ser) da cabeça do mágico,  nasceu um rebento que Abrão deu-lhe o nome de Ismael.
Sarai, claro, ficou puta da vida.  Exigiu que Abrão botasse prá fora a escrava Agar com o infeliz do Ismael.
Diz o livro que se tornaria um best-seller , que um anjo do mágico, o mais bondoso de todos,  vendo a infeliz Agar com seu filho sedento apontou para uma fonte e disse:
-- Beba desta fonte e dê ao Ismael o beber de sua água.  Volte para o gerador de seu filho, o oportunista do Abrão -- que agora se chama Abraão -- , bem como a ordinária da mulher dele, Sarai -- e que agora se chama Sara. -- E vá, pois eu lhe ordeno! E vá depressinha, antes que o meu, ou seja nosso mágico Iavé se arrependa, o que cá prá nós é raríssimo, e me mande para os infernos. Vá, rápido!




E lá foi a infeliz escrava Agar com o filho da copulação do Abraão morar em plena paz com a alcoviteira Sara.

Os meninos cresceram juntos.  Era um amor vê-los assim crescer em tão harmonia, em tão amável paz.

Mas Sara, que mesmo estando velhíssima, percebeu que toda a fortuna do marido, ou seja: terras, bois, ovelhas, carneiros, escravos e escravas, ouro e prata, e mais isso e aquilo,  disse prá Abraão: -- "Bota os dois prá fora mãe e filho, e já!!!"
O boçal Abraão, covarde e, como vimos em postagem anterior, mentiroso e interesseiro, não teve forças para contradizer a ordem da sua dona. Além disso, pensava em sua fortuna amealhada sob os auspícios do seu  senhor e amigo mágico.  Botou-os para fora, num piscar de olhos.


Então, neste exato momento, o mágico a que tudo assistia, mesmo com umas nuvens um tanto pesadas, acabou reconhecendo as besteiras que havia determinado, rapidamente interferiu.  E correndo como um relâmpago,  disse, em mais uma de suas tiradas que ele julgava sábias:
-- " Ismael será o multiplicador de muitas gerações.
Isaac também será o multiplicador de muitas gerações".
Ou seja, não disse merda com merda. 
Mas assim foi feito, mais uma vez, segundo as suas muitas vontades.

Depois dessas reconciliações, ainda que provisórias, o mágico desceu sabe-se lá de onde, como sempre o fazia quando queria conferir in loco. 
Desta feita, disfarçou-se de viajante e se fez acompanhar por dois de seus anjos também disfarçados de viajantes.
Ele tinha essa mania dos disfarces para melhor encabelar os seus filhos aqui na terra.

Então, foi assim.

O Abraão estava sentado em frente de sua tenda, quando lhe apareceram 3 destintos senhores.
Pelas vestimentas, Abraão logo sacou que um deles era o seu senhor Iavé.

  Logo enfiou a cara na areia desértica em frente à sua tenda, e disse:
"-- Meu senhor, que honra posso ter para recebe-lo?  Idem, idem para seus nobres acompanhantes?"
E Iavé, satisfeito por esta reverência digna de uma majestade, apenas sorriu.
Abraão levantando a cara ainda suja de areia lhes disse:
-- "Vamos, meus amigos", disse-lhes Abraão, ja gozando de uma inesperada camaradagem.  "Aquiedem-se debaixo desta árvore, pois imediatamente vou servi-los do melhor que temos."
Os 3 pseudo-viajantes pensaram entre eles:
--"Esse merda sequer nos ofereceu a entrada à sua tenda.  Mas, tudo bem, deixe-nos para a nossa futura revanche.


Abraão correu, célere, e ordenou à Sara: -- "Faça já um pão, o maior que você sabe como fazer".
Correu, ainda mais célere, ao seu empregado que cuidava das criações.  -- "Apanhe o melhor dos vitelos.  Mate-o e prepare-o, já e agora".

Tudo isso pronto num vapt-vupt.  Abraão lambeu os beiços juntamente com os visitantes.

Foi quando o mágico Iavé, mal disfarçado de viajante, vendo a velha Sara encostada no batente da porta, determinou:

-- "Ano que vem você terá um filho  do meu servo Abraão.  Claro, você não. Você só vai contribuir.  Quem vai gerar é ele ao introduzir aquilo bem dentro de você"

Então Sara começou a gargalhar.  Ela tinha 100 anos e seu marido uns tantos anos a mais. 

 Foi quando o mágico Iavé percebeu sua risada.  Virou-se para ela e disse, raivoso;

--"Ri de quê, sua idiota?"
--"Eu, meu amado senhor?  Não me riu de nada..."
-- " Tá rindo sim, sua merda.  Não sou nenhum idiota.  Sou o senhor seu deus e, acima de tudo um mágico. Por isso, lhe digo minha verdade, como dois mais dois são quatro: ano que vem estarei de volta aqui, depois de visitar umas tantas terras que meus anjos mensageiros insistem em dizer que existem no espaço além, muito além do Éden que eu criei com tanto esmero. Umas tais de terras chamadas Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Plutão.  E o que é mais grave: umas outras terras, além dessas outras.
Como eu dizia,  mulher incrédula,  eu voltarei exatamente daqui a um ano, para assistir o seu parimento da minha fina flor e que você, já por minha escolha, haverá de chamá-lo Isaac."

Sara estava estática na porta.  Seu riso havia se transformado em espasmo.  Mesmo assim, imaginava-se transando com o marido sabe-se lá quantos anos passados.

Dito e feito.  Um ano após, o mágico retornou.  Isaac havia nascido.

Nesta altura do embate, como se diz agora, não vamos questionar se as gônodas de um e os óvulos da outra estavam ainda em ponto de bala.  Não podemos nos esquecer nunca que para o mágico que criou a terra com tudo o que ela tinha em apenas 6 dias para descansar no sétimo, fazer um casal com mais de 100 anos gerar uma criança era uma coisinha de nada. Bastava estalar os dedos e pronto!  Zás!... Nascia o tal de Isaac.
Ele cresceu junto, claro, ao meio-irmão Ismael.
Vê-los brincando, saltitando, fazendo todas as peraltices próprias das crianças, ninguém poderia supor o que veria depois, séculos e mais séculos e mais séculos depois: uma ferrenha e não entendível luta entre os tais de judeus e uns tais de árabes.  Mas isso cabe aos cientistas sociais de hoje a busca por um entendimento. 
De qualquer forma, ignorantes que somos nestas questões geopolíticas, supomos que tudo deve ter começado com uns outrora abraços fraternais entre Isaac e Ismael.
 

Na próxima postagem, vamos tomar conhecimento de 
mais uma das muitas e muitas inconsequências do nosso personagem mágico Iavé, Jeová, deus, senhor, ou outros nomes que lhe são dado.
Como essa incrível imposição para o nascimento de dois irmãos e futuros rivais.


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