sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A LENDA DA CONFUSÃO DAS LÍNGUAS. 

O mágico Iavé se equivocou: não existia uma língua única.

Antes de iniciarmos esta nova lenda e postá-la neste nosso Blog (aliás, de vocês), vamos voltar uns passinhos até a última publicada sobre o justo Noé.
Sabemos que foi extensa demais e que se escrevêssemos
mais algumas sentenças e parágrafos, os nossos leitores iriam nos amaldiçoar muito mais do que estamos sendo por todos aqueles que tem tornado o livro que viria ser famoso, demasiadamente  mofado por carregá-lo há anos e mais anos debaixo de seus sovacos.
Então é o seguinte: Como vimos o pobre do Noé teve três filhos: Sem, Cam e Jafé.
Depois que as águas geradas do tal de dilúvio secaram, Noé e os filhos, com as noras e a sogra desceram e foram repousar.
Noé, pobre coitado, para amenizar o cansaço, embriagou-se e ficou nú.  Cam foi vê-lo na tenda e espalhou para os outros dois irmãos o que vira.  Estes foram à tenda de Noé e o cobriram e voltaram de costas.  Quando Noé acordou da bebedeira e lhe contaram o sucedido, não esperou a ressaca acabar e amaldiçoou Cam.  Disse que ele era isso e aquilo, e que seria o último dos escravos para seus irmãos, etc. e tal.
Com maldição ou não, a esposa de Cam deu-lhe quatro netinhos que lhe deram bisnetos e estes tataranetos até chegar a um tal de Nerod, tido como o primeiro valente na NOVA TERRA.
Nerod tornou-se um rei. E as capitais do seu reino foram BABEL, Arac e Acad, cidades que estão todas na terra de Sennar.  Dessa terra saiu Assur, que construiu Nínive e Reobot-Ir, Cale E Resen, entre Nínive e Cale.

Um outro filho de Cam, chamado Canaã, gerou Sídon. 
A família de Canaã, chamada de cananeus, tinha terras cuja fronteira ia de Sedônia, em direção a Gerara, até GAZA; depois em direção a SODOMA, GAMORRA, Adama e Seboim, até Lesa.  (Os grifos são nossos, por motivos óbvios.)
Diz lá o versículo 5 do capítulo 10 do futuro famoso livro que foi dos bisnetos de Jafé que se separam as populações das ilhas, cada qual segundo o seu país, LÍNGUA, família e nação. (O grifo também é nosso também por motivos óbvios e IMPORTANTÍSSIMO nesta nossa NOVA POSTAGEM)

E AQUI A LENDA COMEÇA, FINALMENTE.

E ela começa com o capítulo 11, versículo primeiro  até o nono, felizmente.
Versículo 1 -- (Olha que graça de incoerência com o versículo 5 do capítulo 10, como vimos logo acima) -- "O mundo inteiro falava a mesma língua, com as mesmas palavras."
Caros leitores, dá para crer em tamanha dicotomia?   E não venham me dizer que a culpa neste caso é toda do mágico Iavé, também chamado Jeová, Deus, Senhor e tantos outros nomes.  Não!... A culpa não cabe totalmente a ele, pobre coitado.  Acontece que algumas partes do livro que se tornaria famoso foram escritas por uns sacerdotes judeus quando do exílio da BABILÔNIA --- guardem este nome, pois ele será o dente principal da engrenagem desta nossa postagem -- e algumas outras partes escritas por também sacerdotes, porém já na época do rei Salomão -- um garanhão, megalomaníaco e obcecado por money, como teria dito Noé em sua mania de falar em neologismos ingleses.  Portanto, devagar com andor em jogar toda a culpa no mágico Iavé, se bem que nada era feito senão segundo a sua vontade.
   
Mas vamos em frente, passando por cima da incongruência, all right?

Versículo 2 -- Ao emigrar do oriente, os homens encontraram uma planície no país de Senaar, e aí se estabeleceram.
Versículo 3 -- E disseram uns aos outros: "Vamos fazer tijolos e cozê-los no fogo!"  Utilizaram tijolos em vez de pedras, e piche no lugar de argamassa.
Versículo 4 -- Disseram: "Vamos construir uma torre que chegue até o céu, para ficarmos famosos e não nos dispersarmos pela superfície da terra."
Versículo 5 -- Então Iavé desceu para ver a cidade e a torre que os homens estavam construindo.  

Versículo 6 -- E Iavé disse: "Eles são um povo só que falam uma só língua.  Isso é apenas o começo de seus empreendimentos.  Agora, nenhum projeto será irrealizável para eles."  
Capítulo 7 -- "Vamos descer e confundir a língua deles, para que um não entenda a língua do outro." 
Capítulo 8 -- Iavé os espalhou daí por toda a superfície da terra, e eles pararam de construir a cidade.
Capítulo 9 -- Por isso, a cidade recebeu o nome de Babel, pois foi aí que Iavé confundiu a língua de todos os habitantes da terra, e foi daí que ele os espalhou por toda a superfície da terra.

PRONTO.  CHEGAMOS AO FIM DA ELOQUENTE DISSERTAÇÃO!
A retórica, um primor.  A criatividade, algo de causar inveja ao mais exímio retador de publicidade.  Porém, a realidade histórica é outra.
Uma parte dos versículos que vocês acabaram de ler -- como já dissemos acima -- foram elaborados por sacerdotes judeus que estiveram no exílio da Babilônia e outra parte também por sacerdotes mas quando do reinado do garanhão, megalomaníaco e apaixonado por luxo e riqueza, Salomão -- também como dissemos acima.
Quando do exílio dos primeiros,  a Babilônia já entrara em declínio.   Mesmo assim eles viram a beleza das edificações da cidade, os seus jardins suspensos,

bem como os zigurates.  Estes eram edificações em forma de pirâmide, com diversos andares.  O último funcionava como observatório astronômico, biblioteca, e posto de observação dos níveis das águas dos rios Tigre e Eufrates. 
(Olha aí os nomes dos rios que cortavam o Éden segundo o versículo 14 do capítulo 2 do futuro famoso livro ensebado e mofado!!!)
 Também abrigava a morada dos sacerdotes macedônicos e dos funcionários públicos, os quais distribuíam tarefas para as pessoas que trabalhavam como agricultores, pescadores, pastores, artesãos e pedreiros. e em cujo topo ficava um santuário para a divindade.  O acesso à ele era feito por uma escadaria externa.  Construídos com tijolos de barro, suas grossas paredes eram decoradas com baixos- relevos pintados.  

O mais elevado zigurate, e que se encontrava na cidade de Ur, possuía 30 metros. 

 Portanto, os mesopotâmicos, depois denominados babilônicos por sua moderníssima cidade-capital Babilônia,  não tinham nenhuma intenção de chegar aos sagrados céus do mágico Iavé.
Se o mágico achou por bem, primeiro confundido as línguas dos dedicados e hábeis trabalhadores que já possuíam suas várias línguas, e depois destruindo o que ele denominou de "Torre de Babel", o fez para mais uma vez demonstrar o seu sadismo contínuo -- uma enfermidade incurável -- e sua total e absoluta ignorância histórica.
Não confundiu ninguém, pois as línguas naquele desenvolvido país eram muitas e muitas, e não uma só como concebera. 
A Mesopotâmia, aonde seus já fanáticos seguidores ali se encontravam como exilados, era uma terra cujo povo era o mais desenvolvido do denominado Fértil Crescente.  
Era um ponto de passagem obrigatório dos povos que vagavam em busca de sobrevivência e, posteriormente, das rotas comerciais que ligavam o Mar Mediterrâneo ao Oriente Médio. Bem por isso, a região tornou-se a primeira a abrigar sociedades complexas.
Seu ódio desta feita não se encontrava na "torre" que ele imaginava chegasse aos seus sagrados céus.  Seu ódio era ver que aquele povo da Babilônia morava confortavelmente em casas de tijolos, enquanto seu povo escolhido morava, um aqui outro acolá, sem propriedade de terras; morava em tendas fétidas feitas de couro de cordeiro ou de boi.


Revoltado por isso, achou por bem meter os pés pelas mãos.  Só que não fez nada do que pretendia.
A rica cidade da Babilônia e suas vizinhas se findaram com o passar dos tempos, como ocorre com tudo na face da terra.

Mas no livro escrito pelos escribas do mágico, sempre segundo a sua vontade, ficou registrada sua vergonhosa versão.  Como sempre, à margem da história e da ciência.

5 comentários:

  1. Eita mentira boa essa tal de confusão das línguas.
    O maravilhoso caminho de intercâmbio internacional, na época, não poderia ser diferente das nossas relações de hoje.
    Só os idiotas que não estudam a História Geral da Civilização não compreendem isso.
    Nem podem. Boçais fanáticos, só concebem o que foi posto no enferrujado livro "sagrado" deles.

    Maria do Amparo, Lisboa - Portugal.

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  2. Essa filha do demônio chamada Maria do Amparo, lá de Portugal é como vocês deste blog maldito.
    Não sabe que o Livro da palavra de Deus é sagrado. Foi escrito por inspiração do Espírito Santo em portugues.
    Todo o resto que foi impresso foi inspirado por Satanás. Seus malditos.
    Natanael Melequias dos Santos. Belo Horizonte, Minas Gerais.

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  3. Concordo em gênero, número e grau com a minha conterrânea Maria do Amparo.
    Realmente, a esplendorosa Babilônia possua um intercâmbio internacional. Inúmeros povos, ou ali se radicaram, ou passavam para concretizarem suas comercializações.
    A historieta bíblica é absolutamente falsa.
    Aproveito para cumprimentar esse estupendo Blog por escancarar as chagas da ignorância com fino sarcasmo e humor ácido.
    Continuem, por favor.
    José Antonio da Silveira - Porto, Portugal.

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  4. Eu tive a felicidade de participar de um simposium em Malta.
    Lá estavam participantes que falavam inglês, sueco, italiano, grego, russo, japonês, espanhol.
    Acredito que lá se encontravam os oriundos da famosíssima Torre de Babel.
    Me questiono: que adiantou o nosso "raivoso" pai tentar confundir as línguas? Só uns merdas fanáticos prá acreditar nestas estória da carocinha. Num é mesmo?

    Alexandre Rodrigues -- São Paulo --- SP

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  5. ذهب شعبي من خلال تلك المنطقة. لغتنا هي نفس اليوم.
    كيف يمكن لهذا الخلط الله ولهم؟
    آسان مداح - دمشق

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