quinta-feira, 7 de maio de 2015

A LENDA DE JOSUÉ.
UM ASSASSINO SÁDICO
E LADRÃO DE TERRAS.

== 5ª. Parte ==

LADINOS FINGINDO-SE DE ROTOS ESFOMEADOS
ENGABELAM OS "PODEROSOS" ISRAELITAS. 

      O Leitor deve estar um tanto cansado e enojado de tanto sangue a se derramar nas postagens anteriores que retrataram as peripécias do personagem Josué.  Destituído de agudeza de inteligência, de percepção, de compreensão, só lhe resta acatar os ditames do ator principal nesta trágica comédia: o senhor, o "Pai de Israel", o não-impoluto Mágico Iavé e a sua incapacidade de comoção, alimentada por sua patológica perseverança na vingança e no ódio.
Dessa forma, não nos resta outra opção a não ser nos revolvermos nas imundas poças sanguinolentas, se quisermos ser fiéis aos textos do embolorado livro
    Assim é que após a invasão da cidade de Hai, a matança de sua população a fio de espada (homens, mulheres, idosos, crianças), "ao todo foram 12 mil" como relatam os funestos versículos 24 e 25 do capítulo 8; e após "roubarem o gado e espoliarem todo o tesouro da cidade, e incendiarem-na, conforme a palavra do senhor que tinha ordenado a Josué", segundo os mesmos versículos.
    Após essa barbárie tal qual Jericó, os israelitas se lançaram a um imoderado desespero: "E AGORA QUE IRÁ SER DE NÓS?"  E começaram a emitir seus viciados procedimentos: se puseram a rasgar as roupas, cobrir as cabeças de pó e enfiar as caras na terra. Estavam todos desvairados, angustiados, aflitos em desembainhar suas espadas e embeberem-nas em sangue, porém não pouco. Não lhes importava para tanto morrer, serem imolados, esticarem as canelas. 
O SENHOR  E O  SEU 
SEMPRE BENEPLÁCIDO  DESVELO
PARA COM OS SEUS FILHOS   
    Não obstante a confrangedora puerilidade, ouvira-se um leve sussurro, um esboço de um som produzido em alguma outra laringe, pelo ar que saía  de outros pulmões e de outras bocas  que não as dos quase 45 mil guerreiros israelitas e de seu chefe-imediato Josué; logo o leve sussurro se fez mudar em um murmúrio, fraquinho, é verdade, mas audível o suficiente para se perceber que se tratava de uma queixa, uma lamentação à meia voz:
-- "Eu sou o senhor, seu deus, que tirou seus antepassados do Egito pelas mãos do meu servo Moisés. Vocês estão esquecidos, seus ingratos? Fiz secar um mar vermelho, fiz sair água de pedras brutas, fiz cair pães do nada, fiz misérias do chamado impossível e do mais-que-impossível e, por isso, rotulado impiedosamente de Mago, Feiticeiro, Encantador, Mágico, e por aí afora.  Mas em contra partida, fui adorado, venerado, idolatrado, cultuado, referenciado, e mais outros ados e mais ados.
-- "E o que pedi em troca?  Um simples altar de pedras com uns tantos animais à la manière de churrasco erigido  pelo meu servo amado Moisés, com dedicação e amor para que eu me estatelasse em sensações de intenso prazer".
    Foi quando Josué tomou as dores dos seus quase 45 mil guerreiros, levantou a cara do chão, e berrou em alto bom som:
-- "Porra, senhor!... Que é que a gente tem que fazer, para acabar com essa sua lenga-lenga, essa sua lamúria tal qual uma rosca sem fim?  Uma porcaria de um altar, tal qual o do Moisés?"
Sem se abalar, sem levantar sequer um sobrolho, o Mágico Iavé respondeu:
-- "Sim, meu rapaz.  Levante-me um altar, e deixe o resto por minha conta, OK?"
Resignado, Josué fechou os 4 dedos da mão direita, deixou soerguido o polegar, e dirigiu o gesto para o Mágico Iavé, dizendo:
-- "Tudo OK, senhor".
Capítulo 8 (continuação)
Versículo 30 -- Josué construiu, então, para Iavé, Deus de Israel um altar no monte Ebal,
Versículo 31 -- conforme Moisés, servo de Iavé, havia ordenado aos israelitas, segundo o que está escrito no livro da Lei de Moisés: um altar de pedras brutas, sobre as quais nenhum instrumento de ferro tenha sido passado.  E sobre ele ofereceram holocausto a Iavé e apresentaram sacrifícios de comunhão.

Versículo 32 -- Josué escreveu sobre as pedras uma cópia da Lei que Moisés havia escrito diante dos israelitas.
Versículo 33 -- A seguir, Josué leu todas as palavras da Lei, as bençãos e maldições, conforme tudo o que está escrito no livro da Lei.
Versículo 34 -- Josué não omitiu nenhuma palavra que Moisés tinha ordenado.
Versículo 35 -- Leu tudo para a assembléia de Israel, inclusive para as mulheres, para as crianças e imigrantes que viviam com eles.
    O Mágico Iavé sorveu prazeirosamente o odor que lhe chegava às narinas dos animais esquartejados e colocados sobre as brasas do altar em uma esplêndida churrascada.
Não se pôde calcular quanto tempo houvera se passado até que as brasas se cobrissem de uma camada de cinza;  até que do cheiro das gorduras estorricadas só ficasse umas sobras insignificantes, um oco resquício.
O Mágico Iavé caíra em sono profundo, ressonando tão enfadonhamente que fizera entorpecidos todos os 45 mil guerreiros israelitas com suas 45 mil mulheres e concubinas.  Só Josué não conseguira pregar os olhos, extasiado com o feito de ter servido tão dedicadamente ao seu senhor. 
Nesse meio-tempo, --  como rezam os versículos 3, 4 e 5 do Capítulo 9 -- os moradores de Gabaon, ouvindo o que Josué fizera com Jericó e Hai, usaram de astúcia, se fingiram de embaixadores, e tomaram sacos velhos sobre seus jumentos e odres de vinho velhos, rotos e remendados; e nos pés sapatos velhos e remendados e vestes sobre si; e todo o pão que traziam para o caminho era seco e bolorento. 
     Essa narração enfadonha, de infantil debilidade, folhetinesca, segue em frente até o versículo 27 para servir de abertura à opereta bufa denominada Capítulo 10.
    O séquito dos fantasiados moradores de Gabaon aproximou-se sorrateiramente do acampamento dos israelitas. Foi quando Josué tendo aguçado os ouvidos para o rumorejo que vinha de um caminho abaixo do local onde se encontrava, e inclinando-se sobre o altar de pedras que houvera construído viu aquela fila de desprezíveis farrapeiros. Em um salto, colocou-se ainda que desajeitadamente diante daquela populaça.
-- Alto lá! -- berrou.  Quem são vocês, seus imundos esfarrapados? Saibam que isso aqui em Guilgal é MEU acampamento... e do meu povo Israel. E por ser nosso, não se aceita outrem
Dito isto, sacou da espada ainda suja de sangue seco, entretanto ardente, a colocou em riste, e franziu o cenho para demonstrar mais autoridade como lhe ensinaram.
-- Quem são vocês?!... Vamos, respondam logo! 
Então, um tipo franzino e de cara mais suja que os demais tomou a dianteira.  -- Somos habitantes de Gabaon, chefe... Quer dizer, senhor chefe.  Guarde sua espada, pois nós somos gente de paz.
Neste instante, umas dezenas de guerreiros israelitas acordados que foram pelo alarido, aproximaram-se de Josué. 
Este continuou, sem muita determinação. E por não saber mais o que dizer, soltou o que  o incomodava sobremaneira: -- Vocês são circuncidados?  
O tipo franzino depois de olhar de esguelha para os companheiros mais próximos, respondeu um tanto áspero, escabrosamente, e com uma boa pitada de cinismo. -- Se é isso que estou pensando, não nos venha com essa conversa mole, chefe. -- Fez uma pausa, e com um muxoxo continuou com uma rigidez cadavérica que assustou Josué:
-- Nos acolha, ou nos despache sem mais demora!
Um outro que se encontrava ombro a ombro com o franzino, como se siameses fossem, jogou o queijo para frente como um tique de nascença e ponderou BIBLICAMENTE:   
Versículo 6 -- "Estamos chegando de uma terra distante. Façam aliança conosco".
Versículo 7 -- Os israelitas responderam: "Certamente vocês vivem aqui perto. Como podemos fazer aliança com vocês??!"
Versículo 8 -- Eles se dirigiram a Josué: "Somos seus servos". 

Josué insistiu: "Quem são vocês e de onde estão vindo?"
Versículo 9 -- Eles reponderam: "Seus servos vêm de uma terra muito distante, por causa do nome de Iavé seu Deus, pois ouvimos falar da fama dele e de tudo o que realizou no Egito.
Versículo 10 -- "Sabemos de tudo o que ele fez aos dois reis. Sabemos de Jericó e Hai.
Versículo 11 -- "Nossos anciãos e o povo de nossa terra nos aconselharam: 'Peguem provisões para o caminho e vão ao encontro deles, e façam a proposta de se tornarem servos deles'.  Portanto, façam aliança conosco.
Versículo 12 -- "Vejam o nosso pão: estava quente quando pegamos em nossas casas, no dia que partimos para vir até vocês; 
e agora aqui está ele, seco e esmigalhado. 


Versículo 13 -- "Estes odres de vinho eram novos quando os enchemos; e agora aqui estão, todos rasgados.  

Nossas roupas e sandálias estão gastas por causa do longo caminho que fizemos".

Versículo 14 -- Os sacerdotes e oficiais israelitas experimentaram as provisões: os pães ázimos e os odres de vinho. Entretanto, não consultaram Iavé.
Versículo 15 -- Josué os tratou pacificamente e fez aliança com eles, comprometendo-se a respeitar-lhes a vida. E os sacerdotes, os oficiais e os responsáveis pela congregação também prestaram um juramento honrando-lhes suas vidas.
Versículo 16 -- Três dias depois de terem feito aliança com eles, ficaram sabendo que eram seus vizinhos e que viviam perto,
Versículo 17 -- pois os israelitas partiram e chegaram 3 dias depois às cidades deles: Gabaon, Cafira, Berot e Cariat-larin.
Versículo 18 -- Os israelitas não os atacaram, porque os os superiores e responsáveis pela comuna lhes prestaram juramento por Iavé, Deus de Israel.  Por isso, todo o povo resmungou contra aqueles que juraram respeitar as vidas dos gabaonitas, os ladinos e aproveitadores gabaonitas.
Versículo 19 -- Então os responsáveis explicaram à comunidade: "Nós fizemos a eles um juramento por Iavé, Deus de Israel, e por isso agora não podemos tratá-los mal". 
Versículo 20 -- Disseram ainda o seguinte: "Respeitaremos a vida deles, para que não nos aconteça um castigo, por causa do juramento que já fizemos a eles".
Versículo 21 -- Os responsáveis então decidiram: "Eles ficarão vivos, mas se tornarão  rachadores de lenha  
e carregadores de água para toda a comunidade".  Todos concordaram com a proposta dos responsáveis.
Versículo 22 -- Então Josué mandou chamar os gabaonitas e lhes disse: "Por que vocês nos enganaram, dizendo que vinham de longe, quando na verdade moram perto de nós?

Versículo 23 -- "pois bem! Daqui para frente vocês serão malditos. Não deixarão de ser escravos, rachando lenha e carregando água para a casa do meu Deus".
Versículo 24 -- Eles responderam a Josué: "Nós, seus servos, fomos informados de que Iavé seu Deus tinha garantido a Moisés que entregaria a vocês toda a terra e exterminaria, diante de vocês, todos os habitantes.  Nós tememos muito pela nossa vida, e por isso agimos assim.
Versículo 25 -- "Agora estamos em suas mãos: trate-nos conforme lhe parecer melhor e justo".
Versículo 26 -- E Josué tratou-os como havia combinado.
Versículo 27 --  Nesse dia, Josué os colocou como rachadores de lenha e carregadores de água a serviço da comunidade e do altar de Iavé, no local escolhido por Iavé, até o dia de hoje.
A estória acima nos dá conta de alguns habitantes de uma cidade denominada Gabaon.  Como vimos, os "ilustrados" sacerdotes que a redigiram, quando estiveram em cativeiro na Babilônia, não dizem o número deles, nem quantos permaneceram em Gabaon.
Isso, claro, não tem importância alguma.  Ou tem para que possamos confirmar as incongruentes cretinices redigidas.  Outro exemplo: eles falam em outras cidades, além de Gabaon, por exemplo Cafira, Berot, e Cariat-Iarin, no entanto toda a elaboração da estória em pauta, bem como a vindoura expressa pela capítulo 10 e seus devidos versículos, é feita tão somente em citações de Gabaon.  As demais cidades "deixam de existir".
Mas, Caro Leitor, esqueçamos essas firulas. 
Vamos nos preparar para a próxima postagem!
Nela Josué e seus 45.000 "bravos" guerreiros (ou alguns a mais ou a menos) irão derrotar inicialmente 5 reis, depois 7, para ao fim de tudo aniquilar 31, é isso mesmo: TRINTA E UM reis.  
Nesta epopeia sanguinolenta eles vão contar com o Mágico Iavé.  O "Pai de Israel " atirando PEDRAS e tudo o mais.
Vamos lá!





2 comentários:

  1. Incrível este Blog.!
    Criativo, inteligente!
    O humor ácido é simplesmente SABOROSO.
    Continuem.
    Alceu Campos - Sto. André, SP

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  2. AMALDIÇOADOS. VCS. VÃO PAGAR PELOS PECADOS QUE ESTÃO COMETENDO CONTRA A BIBLIA SAGRADA.
    JESUS CONDENARÁ VCS, TODOS.

    MIRIAM DE ALMEIDA - VITÓRIA -ES

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