terça-feira, 19 de maio de 2015

A LENDA DE JOSUÉ.
UM ASSASSINO SÁDICO
E LADRÃO DE TERRAS.

== 
7ª. Parte ==

A ESDRÚXULA “PARALISAÇÃO”
DO SOL.

Foi providencial a ajuda física do Mágico Iavé a Josué e a "todo o pessoal de guerra e a todos os guerreiros valentes", na derrota impingida a cada um dos  cinco reis amorreus e seus exércitos, conforme relata o tal "livro sagrado".  No capítulo 10 e seu versículo 11 ficamos sabendo que "enquanto eles (os inimigos) estavam fugindo diante de israel, na descida de Bet-Horon, Iavé mandou do céu uma forte chuva de pedras grandes, que matou os inimigos até Azeca". Ficamos informados que "morreu mais gente por causa da chuva de pedras do que pela espada dos israelitas".


   Caro Leitor, todo esse estrambótico texto foi visto em nossa Postagem anterior.  Se o repetimos agora, nesta nova,  foi primeiro para atentar ao absurdo que nos socou o estômago (e continua a agredir), e segundo  para servir como um traço de união ao inverossímil relato em que o senhor de Israel desceu do seu trono imperial e "obedeceu à voz de um homem", quando da paralisação do sol.
Dada a confidência de um assustado espectador daquele momento em toda a sua exuberância, a coisa ocorreu desta forma: 
primeiro,  um tenebroso nevoeiro vindo do nada baixou assim tão repentinamente sobre uma parte do acampamento, envolvendo o comandante Josué, e fazendo cair em sono pesado toda a guarnição agora reduzida a uns 35 mil guerreiros dos 45 mil que deram ação ao pessoal inimigo dos cinco reis.
Josué, diferente dos demais camaradas de ofício, encontrava-se assim meio sonambúlico, é fato, mas não ao ponto de não perceber que aquele denso nevoeiro que  o envolvera e o colocara em seu cerne, só podia ser obra do seu senhor Iavé.

Com a certeza absoluta disso, acomodou-se em um morrinho arredondado e com piçarra ao derredor e se pôs a esperar, limpando uns coscoréis de sangue coagulado que se lhe fixara nas mangas e no peitoril de sua túnica.
Aqueles  restos à sua roupa levaram seus pensamentos ao morticínio dos amorreus e ao sobressalto de um susto.   Foi no momento exato em que se lembrou de 
que alguns miseráveis inimigos haviam lhe escapado, e era fundamental retornar e liquidá-los sem mais delongas. No entanto, Josué havia percebido que antes do nevoeiro o sol estava esmaecendo. Necessitava, e muito,  da luz solar para efetuar a liquidação do que sobraçara dos adversários.
Caiu de joelhos, levantou os braços, e ia iniciar um clamor ao soberano rei e pai de Israel,

quando o mesmo, em seu vozeio característico, susteve a ação de Josué.
Foi quando, então, um diálogo aconteceu mais ou menos assim:
-- Que fazes, homem?, perguntou por perguntar o Mágico Iavé pois bem sabia das intenções do seu servil filho Josué.
-- Ah, meu senhor! Ia rogar-lhe que me parasse o sol.
-- Para começo de conversa, por que isso?
-- Veja, senhor meu, o sol está se escondendo, logo a noite cairá, e eu não poderei dessa forma dar cabo ao que sobrou dos amorreus, nossos inimigos. Entendeu?
-- Entendi, claro, disse o Mágico Iavé.  Mas não posso fazer o que você deseja.
Um súbito pasmo fez abrir a boca de Josué.
-- Não pode fazer parar o sol?, perguntou com voz trêmula pois acreditava estar proferindo uma blasfêmia, questionando, assim, o senhor dos exércitos.
-- Não posso fazer parar o sol, Josué, porque parado ele já está, e sempre esteve desde que surgiu como todos os demais sois e seus respectivos planetas.
-- Bem, você é o senhor, disse Josué, um tanto temeroso. Você não pode se equivocar, mas não é bem isso o que os meus olhos vêem todo dia, o sol nasce daquele lado ali, viaja todo o dia pelo céu e desaparece no lado oposto, acolá, até regressar na manhã seguinte.
-- Sim, algo se move realmente, mas não é o sol, é a terra.
-- A terra está parada, senhor meu, disse Josué com voz aflita, temerosa.
-- Não, homem, o que você tem é uma ilusão de ótica, ou melhor, os seus olhos lhe iludem, ponderou o Mágico Iavé com uma certa dose de paciência.  A terra é que se move, dá volta sobre si mesma e vai seguindo pelo espaço ao redor do sol, com a sua lua.
-- Então, se assim é, manda parar a terra, retrucou Josué. Que seja o sol a parar ou que pare a terra, não me faz diferença desde que eu possa acabar com o que resta dos amorreus.
-- Josué, me escute.  Se eu fizesse parar a terra, não se acabariam só os amorreus, acabava-se essa terra, acabava-se o mundo, acabava-se a humanidade, acabava-se tudo, todos os seres e coisas que aqui se encontram.
-- Tudo, mesmo?
-- Tudo, até mesmo as árvores apesar das raízes que as prendem à terra, tudo seria lançado para fora tal qual uma pedra quando você ou eu a soltamos de uma funda.
-- Pensei, oh meu senhor, pensei que o funcionamento da máquina do mundo dependesse apenas da sua vontade.
-- Eu faço o possível, meu filho, agora fazer o impossível me é impossível.  Essa balela de alegar que os meus desígnios são imponderáveis eu tenho escutado e fartamente. Muitos são os que descobrindo essa e outras asneiras que são ditas e impingidas à mim, se descontentam, viram-me as costas. Existem alguns, meu caro Josué, que vão ao ponto de negar a minha existência.
-- É simples. Castiga-os.
-- Estão fora da minha alçada, fora da minha lei, não lhes posso tocar, respondeu o Mágico Iavé e a sua voz era não de rancor, ou de mágoa, e sim de tristeza. A vida de uma deus não é tão fácil quanto vocês creem, continuou sem ganhar fôlego, um deus não é senhor daquele continuo quero, posso, mando que se imagina, nem sempre se pode ir direto aos fins, há que rodear, rodear, como faz a terra e uma infinidade sem número de planetas, satélites e etc, e etc e tal. O Mágico Iavé fez uma pausa e se pôs a refletir no que havia dito.
-- E nós, aqui? Como ficamos?, perguntou Josué com a ideia fixa no que restou dos amorreus.
-- Olha, eu não vou jogar as pedras que joguei antes quando lá existiam uns 10 mil guerreiros inimigos, porque devem restar somente uns 100 quando muito.  Será uma covardia, se eu assim fizer.
-- E que faço eu, meu deus?
-- Faz o que você tinha pensado.
-- Como assim, faço uma oração para o senhor pedindo para o sol parar?
-- Isso mesmo, respondeu o Mágico Iavé.  E a faça em alto e bom som para que todo o povo escute bem. Não vai adiantar nada, é certo.  Mas para todos os efeitos, perante os nossos “valentes guerreiros”, você ordenou a paralisação do sol e eu LHE OBEDECI.
-- Não entendi nada, oh meu senhor.
-- Homem, olha lá!, disse o Mágico Iavé, fazendo uma nesga no nevoeiro, está vendo? O sol ainda tem o seu brilho, 

apontou o senhor de Israel, é o suficiente para você exterminar pelas raízes esses amorreus. Vamos lá, homem!, completou, dissipando em um passe de mágica todo o nevoeiro.
Josué fez um muxoxo não muito discreto e lançou-se em disparada. Diante do contingente de seus guerreiros, não esperou que se levantassem do chão os que estavam deitado. Empertigou-se e bradou, os braços eretos em direção ao sol:  Sol, detém-te em Gabaon, e você lua, no vale de Aialom!.


Após isso, desconhece-se o que verdadeiramente ocorreu.  Mas o fato é que uns 2.100 anos depois, boçais sacerdotes na tentativa  de amenizar as penas de seus cativeiros na Babilônia escreveram essas e mais um sem número de asneiras:
Versículo 13 – E o sol se deteve, e a lua parou, até que o povo israelita se vingou de seus inimigos.
Ainda complementa o versículo acima, seguido pelo versículo 14:
 No Livro do Justo  está escrito assim:

          O sol ficou parado no meio do céu,
         e um dia inteiro ficou  sem  ocaso.
         Nem antes, nem depois
         houve um dia como esse,
         quando  IAVÉ OBEDECEU À VOZ
         DE UM HOMEM.
         É porque Iavé lutava a favor de Israel.

 Isso foi o que ficou registrado em um tal Livro do Justo  cujo paradeiro nunca ninguém soube e muito menos interessou-se em procurá-lo.
O Capítulo 10 encerra-se com o seu versículo 15:
Depois Josué voltou, com todo o Israel, para o acampamento de Guilgal.

Quanto ao Mágico Iavé, supõe-se que depois do vexame da oração do seu servil filho, meteu-se  Universo a dentro sem nenhuma gota de saudade.

E quanto a nós:  estaremos prontos para uma nova postagem. Desta feita para expormos o fim definitivo dos 5 reis amorreus. Escondidos em covas, foram de lá arrancados e...  
... DEIXEMOS PRÁ PRÓXIMA com todas as imundices correlatas, sem dúvida alguma.  
ATÉ LÁ!


























4 comentários:

  1. Fantástico. Uma postagem inteligente que une análise do livro bíblico a um humor criativo.
    Parabéns.
    Veronica Marques - Valinhos SP

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  2. VOCÊS ESTÃO BLASFEMANDO. SATANÁS ESTÁ COM VOCÊS, E VCS. TERÃO A CONDENAÇÃO DO INFERNO.

    Antonio Oliveira, MACEIÓ - AL

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  3. Gente, vamos dar uma chance ao Josué. No tempo dele, nem se sonhava com o gênio Galilei Galilei.
    Deixa eu aproveitar a deixa prá elogiar o pessoal do Blog. São simplesmente MARAVILHOSOS.
    Até a próxima.
    Jpsé Lucas Antunes - Campinas, Sp

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  4. I'm delighted. Without a doubt this is the most amazing blog ever created and developed.
    Congratulations on posting BIBLE´ revisivions.
    You are so clever.
    What else to say? GO AHEAD!!!

    Mark Selwiden - Brishane - Australia

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